segunda-feira, 8 de novembro de 2010
“O que a gente faz depois que é feliz?” Clarice Lispector
(Dizem que a Primavera chega trocando a roupa da paisagem). E no auge da sua descrença o dia amanheceu de novo. Quando não queria mais fugir de si mesma, foi surpreendida por uma voz de timbre limpo, olhos atenciosos e mãos que diziam coisas. Era alguém que tranqüilizava quando apenas sorria. Uma pessoa que trazia em si o amparo de tudo. Tinha o dom da conveniência e da clareza e pronunciava reciprocidade.
O fato resumindo é que o amor não era mais aquele estardalhaço. O amor era suave e tinha um jeito de penetrar sem invadir, de libertar no abraço. O amor não era mais aquela insônia, mas sonho bom na entrega ao desconhecido. O amor não era mais a iminência de um conflito, mas uma confiança na vida. E, pela primeira vez, o amor não carregava resquícios de abandono, pois havia descoberto: o amor estava ali porque ambos estavam prontos.
(O Tempo estava certo.)
Uma nova estação - Marla de Queiroz
Pois é, novembro.
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Que lindo *-*
ResponderExcluir"Que seja doce"
www.refugiodiario.wordpress.com
lindo e profundo hein bjo
ResponderExcluirhttp://beautycrysis.blogspot.com/
muito profundo e realista.
ResponderExcluirótimo post
Muito profundo e melancólico cara, lindo, isso vira letra de música facinho.
ResponderExcluirhttp://musilitica.blogspot.com/
Seguindo, se puder retribuir.
Antônio...parabéns pelo blog...delicado e ao mesmo tempo profundo, por isso tocante.
ResponderExcluirEstou te indicando no meu blog.
Espero uma visita:
http://sabordaletra.blogspot.com/
-Acredito que são felizes aqueles buscam sempre mais a felicidade. E se algum dia chegarmos ao ápice, não estaremos felizes, pois ela terá terminado.
ResponderExcluirQue linda mensagem!
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Obrigado.
ResponderExcluir:)